quarta-feira, 2 de junho de 2010

CONSCIÊNCIA

Consciência
Cíntia Peixoto


Alguns podem dizer que a consciência é o nosso pensamento, outros a alma, outros ainda podem dizer que está relacionado com a percepção. De certa forma todos os conceitos são aplicáveis. Porém, a essência da consciência está mais relacionada com a percepção da alma. Perceber é mais do que olhar e notar. Perceber é uma forma de compreender o que se passa em nossas vidas. È estar com uma visão ampliada e o coração aberto para o que está sendo contemplado. Para que se perceba o que é real, faz-se necessário não julgar. É preciso refletir, ponderar e aprender. O relacionamento humano está um pouco (ou bastante) carente de percebermos mais o outro, de refletirmos mais se as ações do outro, que poderiam ser como tantas das nossas, aprendermos a escolher o que tem de melhor, do que pode ser feito. É preciso construir um grande Amor em nossos corações. Com o Amor somos mais tolerantes, somos mais pacientes, somos mais gentis. Sim... Gentis. De quanta gentileza precisamos para estarmos em paz com as pessoas? De quanta paciência se precisa para aprendermos a ceder mais, sermos mais generosos? De quanta tolerância necessitamos para aceitarmos até as nossas próprias limitações? E quanto Amor é o suficiente para sermos felizes? A luz da realidade, estas seriam perguntas absurdas, pois não podemos medir e economizar as virtudes. É buscando ser simples nos pensamentos, nas emoções, nas ações é que alcançaremos a plenitude de todas as virtudes que precisamos tanto para construir uma percepção mais ampliada da vida e enxergarmos longe. Temos sim, que incorpora-las em nossas vidas, como um alimento que sustentará nossas almas de Luz. Não esperem mais, vamos agir!
Isto é buscar a verdadeira Consciência. E com sua prática incessante, um dia, virá o mais esperado: A plena FELICIDADE.

Cíntia M. G. Peixoto

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aprendendo com os Filósofos

"Ainda que a percepção sensível seja inata em todos os animais, em alguns deles produz-se uma persistência da impressão sensível que não se produz noutros. (…) Os animais em que se produz esta persistência retêm ainda depois da sensação a impressão sensível na alma. E quando uma tal persistência se repete um grande número de vezes, (…) a partir da persistência de tais impressões, forma-se a noção universal. (…) É assim que da sensação vem aquilo a que chamamos lembrança, e da lembrança várias vezes repetida de uma mesma coisa vem a experiência, porque uma multiplicidade numérica de lembranças constitui uma única experiência. E é da experiência (…) que vem o princípio da arte e da ciência."

[ Aristóteles, "Segundos Analíticos", II, 19, 99b, 15 e seguintes]

"Os animais são por natureza dotados de sensação, mas nalguns deles esta não chega a transformar-se em memória, enquanto noutros isso acontece. (…)
É da memória que provém para os homens a experiência : com efeito, uma multiplicidade de recordações da mesma coisa chega a constituir finalmente uma única experiência; e a experiência parece ser mais ou menos da mesma natureza que a ciência e a arte. (…) A arte surge quando, a partir de uma multidão de noções experimentais, se extrai um único juízo universal aplicável a todos os casos semelhantes."

[Aristóteles, "Metafísica", A 1, 980a21 a 981b12]