"Ainda que a percepção sensível seja inata em todos os animais, em alguns deles produz-se uma persistência da impressão sensível que não se produz noutros. (…) Os animais em que se produz esta persistência retêm ainda depois da sensação a impressão sensível na alma. E quando uma tal persistência se repete um grande número de vezes, (…) a partir da persistência de tais impressões, forma-se a noção universal. (…) É assim que da sensação vem aquilo a que chamamos lembrança, e da lembrança várias vezes repetida de uma mesma coisa vem a experiência, porque uma multiplicidade numérica de lembranças constitui uma única experiência. E é da experiência (…) que vem o princípio da arte e da ciência."
[ Aristóteles, "Segundos Analíticos", II, 19, 99b, 15 e seguintes]
"Os animais são por natureza dotados de sensação, mas nalguns deles esta não chega a transformar-se em memória, enquanto noutros isso acontece. (…)
É da memória que provém para os homens a experiência : com efeito, uma multiplicidade de recordações da mesma coisa chega a constituir finalmente uma única experiência; e a experiência parece ser mais ou menos da mesma natureza que a ciência e a arte. (…) A arte surge quando, a partir de uma multidão de noções experimentais, se extrai um único juízo universal aplicável a todos os casos semelhantes."
[Aristóteles, "Metafísica", A 1, 980a21 a 981b12]
terça-feira, 1 de junho de 2010
Aprendendo com os Filósofos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário